sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Continua lindo?



A nova cena carioca não está perdendo em nada pro Afeganistão. Ou melhor... nós ainda, eu disse AINDA, não temos homens-bomba! Detesto hipocrisia, não vou dizer que estou chocada, que acho tudo isso um absurdo, bandidos cruéis, blá blá blá...
Estamos falando de marginais, excluídos sociais que exercem poder sobre uma camada oprimida da sociedade, muitas vezes, garantindo-lhes direitos básicos que deveriam ser oferecidos pelo governo. Assim ganham súditos fiéis que matam, ateam fogo e fazem o que preciso for pra defender os interesses do seu líder.
A moral desta história bizarra é que a Patota do Cabral, pensando que isso aqui era Portugal, operou, invadiu, instalou UPP e esqueceu do "asfalto". Não é de hoje que a população tá sentindo o efeito colateral dessas incalculadas ocupações.
É que desta vez, o "se liga" da bandidagem foi articulado, até mais organizado que as incurssões dos nossos bravos ventríloquos de Caveiras que depois de passarem meses em treinamento assassino, vão para as ruas cheios de ódio nos corações e não podem cumprir seu papel. Com vagabundo na mira de suas pontentes armas, precisam aguardar um OK do Capitão, que aguarda um OK do Secretário, que aguarda um OK do Governador, que por interesses políticos, financeiros e muitos outros, "peida" e os bandidos "metem o pé" pelo mato afora!
Me digam com sinceridade: Vocês acham mesmo que o BOPE tá feliz por ter deixado dúzias de sementinhas do mal escaparem? A tropa de elite carioca não invade morro pra prender ninguém e quem está ali esperando por eles, com certeza, não é pra oferecer um copo d'água ou uma oração. É guerra.
No desenrolar da história, tivemos incontáveis incêndios, inúmeras balas perdidas, alguns (poucos) mortos e toneladas de sujeira debaixo do tapete. E depois desse alarde todo, a vida da população vai voltando a normalidade, a memória fraca do brasileiro manda esse fato pro beleléu e pronto.
Tudo volta a ser como era antes, com um diferencial: No fim, ninguém vai saber dizer o nome do Presidente do BNDES, nomeado por Dona Dilma, porque voltou toda sua atenção para a ocupação mais "comédia" dos últimos tempos.
Na moral, se o Globocop atirasse, a parada seria outra!


Que São Cristovão guarde os motoristas, porque se eles dependerem de alguma outra proteção...coitados!

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